Quando engenheiros traçam uma estrada não partem dos buracos, mas sim de terreno firme. Podemos somar quantos buracos forem, estes serão sempre um vazio...No entanto, nossa cultura é operar na lógica do buraco, do que falta e não do que há; vem daí o assistencialismo, que desempodera e não resolve.
Normalmente as reuniões de planejamento começam com a pergunta "O que nos falta?" e não com "O que já temos?"
Será que esta permanente sensação de "falta"- e o consenquente consumismo e desperdício- não vem do fato que não enxergamos o que temos e estamos sempre focados na metade vazia do copo?
Esta sensação também é maior porque ainda não aprendemos a "tangibilizar o intangível" e perceber recursos e patrimônios para além do econômico e tangível.
Verificamos que há abundância de recursos se mudarmos de perspectiva: não mais trabalhar sobre carências, mas sim sobre potências, o diferencial e fortaleza de cada pessoa, instituição, comunidade.
Do livro: Desejável mundo novo
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